Sabe o que significa o termo “jumpscare”? É aquele momento em que a gente pula da cadeira do cinema, ou do sofá, por causa de um tal trecho do filme que foi calculado para assustar. Obviamente, achamos mais exemplos disso nos filmes de terror e suspense, onde o que vale mesmo é amedrontar, mas existem sustos e sustos, não é mesmo? Alguns desses foram mais eficientes e marcaram o público de todas as idades e gostos.
Confira a seguir uma seleção desses momentos tão específicos do cinema de terror, que deixaram muita gente de cabelo em pé e sem dormir. Aqui não tem aquele susto fácil, daqueles que o filme acaba e a gente esquece. Separamos momentos fortes, que complementam a tensão e a sensação de perigo que os filmes do gênero devem ter. Prepare-se agora, respire fundo e vamos a eles!
Brian De Palma fez seu nome na década de 1970 como diretor de suspenses. Em Carrie: A Estranha, ele abraçou o sobrenatural adaptando Stephen King, sobre uma menina rejeitada na escola e reprimida pela mãe fanática religiosa. A cena em que ela se vinga da humilhação no despertar de seus poderes telecinéticos é emblemática, mas o susto maior fica por conta do sonho de sua amiga, quando a mão de Carrie surge do chão e a agarra.
Primeiro e melhor filme de uma das franquias mais famosas do cinema, Alien investiu pesadamente no clima opressor da nave Nostromo. Seus tripulantes lidaram com a criatura mortífera se esgueirando a bordo, matando um por um. Dois momentos arrepiaram o público, quando o xenomorfo é revelado na tubulação subitamente e quando descobrimos que ele está com Ripley dentro do módulo de fuga. Clássico é pouco para definir.
Da nova safra de terror, Hereditário revelou o diretor Ari Aster e tem inúmeras qualidades a seu favor. O pano de fundo macabro que vai se desenrolando é muito eficiente para causar medo, mas o filme tem um inesperado mega jumpscare em seu primeiro terço, envolvendo a menina Charlie. O destino da garota é chocante, em uma cena súbita e que ninguém teria como prever. E o filme só vai melhorar a partir dali e culminar em um final ótimo.
John Carpenter no melhor de sua forma, com um terror de ficção científica que trabalhou a tensão de forma magistral. Em uma estação de pesquisa no Ártico, uma criatura alienígena congelada é descoberta e libertada. Capaz de assumir a forma de qualquer um ali, a desconfiança se instala no grupo e é urgente encontrar o impostor. O grande susto fica por conta da cena do exame de sangue, que vai revelar quem é o monstro. Uma obra-prima.
Dando origem a uma das mais famosas franquias do cinema de terror, o primeiro Sexta-Feira 13 não tinha Jason arrepiando no acampamento de Crystal Lake. Na verdade, o menino Jason havia morrido por negligência dos monitores do local, levando sua mãe a se vingar dos jovens irresponsáveis. No finalzinho, o jumpscare é a inexplicável aparição de Jason no lago, surgindo para mudar a sorte da última sobrevivente do massacre.
A sensação de insegurança e medo permeia toda essa grande obra do suspense. A plateia rói as unhas pela expectativa de um ataque da fera, que é sabiamente mantida oculta pela montagem do filme. Dois momentos chamam atenção e acordam o público no susto. Um deles é quando o biólogo Hooper mergulha e encontra um barco afundado, surpreendido por um cadáver de olhos arregalados. O outro é a aparição do Tubarão no embate final.
Um dos crimes cometidos pelo serial killer, orientados pelos sete pecados capitais, marcou a experiência de ver o filme pela primeira vez. Quando a dupla de policiais encontra a vítima que representa a preguiça, o que se vê é algo semi apodrecido estirado em uma cama. Eles descobrem, juntamente com o público, que aquela pessoa está viva. A tosse súbita nos atinge pelo susto, mas também pela barbaridade que aquela pessoa sofreu.
Stanley Kubrick fazendo terror só poderia render um grande filme. O Iluminado tem vários sustos memoráveis, o que dificulta bastante a tarefa de escolher, mas vamos destacar dois. Um é a chegada do sensitivo Halloran de volta ao Overlook Hotel, surpreendido com um machado no peito pelo ensandecido Jack Nicholson, mas o outro assusta ainda mais, quando Nicholson encontra uma bela mulher no banheiro, cuja aparência muda de repente.
Um filme que potencializou o medo de palhaço que muita gente já tinha. A casa assombrada por entidades, em consequência de ter sido construída em cima de um cemitério, tinha muitas coisas estranhas acontecendo, mas o momento marcante foi do palhaço no quarto do garoto. O boneco não apenas ganha vida, como também o ataca e tenta estrangulá-lo. Quem viu isso na infância nunca mais esqueceu e ganhou um trauma.
Em O Sexto Sentido, a agonia do menino era tão bem representada que o público sofria junto com ele. E se assustava também, claro, já que nunca se sabia quando alguma aparição poderia surgir do nada. Sempre com medo daquilo que ainda não compreendia, ele foi surpreendido conosco ao entrar embaixo de cobertores e dar de cara com uma menina cadavérica, em um dos momentos mais tensos de toda essa narrativa.
Esse não é terror, mas tem um susto inesquecível, capaz de provocar pesadelos. Com seu estilo de emular imagem de sonhos em seus filmes, David Lynch lotou essa narrativa com momentos carregados de simbolismo que ficam em nossa mente muito depois que o filme acaba. Aqui, onde ninguém esperava encontrar um jumpscare, ele nos deu um trecho onde a aparição de um morador de rua foi tão inesperada quanto arrepiante. Para ver e rever!
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