As listas não existem apenas para elencar os melhores do ano. Muito mais polêmicas são as que juntam os piores de um determinado período, juntando o que foi mais decepcionante e merecedor de desprezo do público.
Por isso, juntamos aqui os filme que fizeram o ano de 2021 um pouco pior, mas que inevitavelmente renderam muito assunto nas redes sociais e comentários bem pouco elogiosos, para não dizer raivosos, da parte dos fãs.
Abaixo você confere uma seleção dos grandes equívocos da indústria cinematográfica nos últimos doze meses.
Produções variadas, algumas que foram direto para streaming, entre comédias sem noção, reboots e continuações inconvenientes, adaptações de videogame e as tradicionais loucuras de Nicolas Cage que ninguém consegue explicar.
Divirta-se com essa lista, ou passe raiva por lembrar que desperdiçou seu tempo com algum deles.
Se uma comédia com Leandro Hassum já é algo sem graça, que tal somar a isso uma mensagem piegas sobre beleza interior? Ainda por cima, é uma refilmagem de um filme argentino, onde uma mulher se apaixona por um médico muito carismático, mas – por acaso – ele é um anão.
A presença de Hassum piora o cenário, pois poderiam muito bem utilizar um ator portador de nanismo, ao invés de efeitos digitais pouco convincentes.
Tentativa de ressuscitar a franquia Jogos Mortais, uma ideia que não anima muito.
Com o comediante Chris Rock se arriscando em um papel sério, aí a coisa fica mais bizarra. O ator é um policial que investiga uma série de crimes que remonta às atrocidades vistas nos outros filmes da série.
Um filme tão genérico e inútil que não ajudou a levantar a marca e tampouco a carreira dramática de Chris Rock. Como alguém achou que isso funcionaria?
Outro tiro no pé é revisitar velhas comédias oitentistas em continuações tardias. Um Príncipe em Nova York é muito bom, mas está localizado em sua época. Voltar a esses personagens agora é um retrocesso, uma vez que graça do choque cultural já se perdeu, mas a continuação insiste em tratar o protagonista de Eddie Murphy como o mesmo tolo ingênuo de mais de três décadas atrás. Não faz sentido, mas eles insistem.
Quando a primeira adaptação de Mortal Kombat estreou em 1995, foi um sucesso comercial e trabalhou bem com as limitações da época. Continuações ruins enterraram a franquia, mas 2021 parecia o momento certo de tentar novamente do zero. No entanto, se a indústria do cinema quiser investir mesmo nos games, é melhor trazerem alguns roteiros melhores. Não que um game de luta precise de muito, mas esse filme trata o público como idiota.
Mark Wahlberg já é um fator que afasta muita gente de um filme. Com um roteiro capenga e um diretor genérico, a coisa fica insuportável.
Aqui, a ação e as façanhas do personagem principal e seu grupo se explicam por eles conseguirem acessar habilidades de vidas passadas. Com isso, essa sociedade secreta protege o mundo de vilões caricatos cujo objetivo é acabar com tudo. Os produtores não usaram a habilidade do bom senso aqui.
Nicolas Cage fazendo das suas, como um forasteiro esquisito e calado. Quando seu carro quebra, ele precisa pagar o conserto através de um estranho acordo, comprometendo-se a limpar um antigo parque infantil da cidade. O problema é que o local é amaldiçoado e seu caminho se cruza com um grupo de adolescentes que invade o local para quebrar a maldição. Tão trash que é divertido, mas merece estar em qualquer lista de piores.
Owen Wilson e Salma Hayek em um filme que se propõe a um questionamento da realidade, mas a partir da perspectiva de alguém dependente químico. Some-se a isso um conteúdo romântico e a bagunça aumenta, com uma obra que tenta ser várias coisas, não alcançando seu objetivo em nenhuma delas.
O diretor Mike Cahill acertou em seu começo de carreira, trabalhando em circuito alternativo, mas parece que perdeu a mão.
Mais uma vez, personagens antigos são reciclados para um público que não liga para eles. Achar que Tom & Jerry teriam apelo com as crianças de hoje, ainda mais criando uma trama de origem para a rivalidade dos dois, é uma ideia boba.
Talvez o raciocínio fosse que os adultos, que cresceram com eles na TV, é que escolheriam o filme e levariam os pequenos ao cinema. Convenhamos que na TV funcionava porque eram histórias curtas.
Esqueceram de Mim no Lar, Doce Lar | Trailer Oficial Dublado
Outra ideia errada. Pensar em Esqueceram de Mim é lembrar de Macaulay Culkin, e ele cresceu. Ponto. Não faz sentido reviver isso com outro garoto, já que a história não permite que se faça algo muito diferente do que foi visto no filme original.
Qualquer coisa sairia como uma cópia mal feita, exatamente o que aconteceu aqui. Mais um exemplo que nos faz pensar que alguns filmes existem somente para lavar dinheiro.
Até que demorou, mas um novo Space Jam apareceu, agora com LeBron James no lugar de Michael Jordan. Uma tentativa pífia de capitalizar com a imagem do astro do basquete em um filme passa longe da graça do original. Fora que essa interação de desenho animado com live action, salvo raras exceções, acaba cansativa se as piadas não forem criativas. E, obviamente, não foi o caso aqui, já que o merchandising é o que importa.
Não poderia faltar um personagem dos quadrinhos da Marvel. Desperdício do talento dramático de Tom Hardy, que ligou o piloto automático e declama suas falas sem inspiração, já que parece ter consciência de que o conteúdo do roteiro é mais raso que um pires. Para completar, outro ótimo ator bate cartão aqui, já que o vilão Carnificina é vivido por Woody Harrelson. A direção do inexperiente Andy Serkis é um bônus para piorar.
É verdade que esses foram os possíveis piores filmes de 2021, mas também é verdade que tivemos diversos outros filmes fantásticos nas telas.
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