Os adultos também conhecem os programas infantis, de um jeito ou de outro, já que precisam escolher o que os pequenos verão ou não. Por isso, não há como deixar de entrar em contato com personagens que foram criados com o propósito de agradar o público infantil. Sabemos que o carisma de alguns deles vai além do infantil e encanta todo mundo, no fim das contas.
Porém, sempre existem aqueles que se destacam pela via inversa, deixando pais, avós, tios e demais parentes mais velhos com pouca paciência para assistir aos programas com as crianças. Claro que alguém pode pensar “Nossa, que gente chata pra reclamar disso…”, e nem deixa de ter razão, já que são produtos pensados para idades menores. A justificativa é que os mais velhos, às vezes, não tem como escapar de assistir a essa programação também.
Por isso, elaboramos uma lista dos piores personagens infantis já inventados na TV. Sim, sabemos que, nesse assunto, não é a nossa opinião que vale alguma coisa, mas quem resiste a uma lista? Ainda mais quando é dedicada a falar mal de algo. Confira a seguir nossa seleção.
Nada pior que criança mimada e consciente do seu poder sobre as pessoas. Em Rugrats: Os Anjinhos, Angelica tinha mais ou menos três anos e era capaz de se comunicar com os bebês e com os adultos, o que garantia a ela uma vantagem e tanto naquele ambiente. Mandona e manipuladora, ela dificultava muito a vida dos personagens mais novos do desenho.
Claro que ela também sempre recorria ao bom e velho berreiro até conseguir o que queria. Muitos pais viram essa personagem como um péssimo exemplo para as crianças que assistiam a série, fazendo de Angelica um dos exemplos recorrentes quando se fala de piores personagens infantis.
A série animada canadense Caillou estreou no fim da década de 1990, com um personagem homônimo como protagonista. Travava-se de um menino de quatro anos, em histórias adaptadas dos livros infantis escritos por Christine L’Heureux e ilustrados por Hélène Desputeaux. Por que o menino está nesta lista? Porque era uma criança birrenta e chorona, uma garantia de atrair a antipatia dos adultos.
Abordar questões típicas da idade do protagonista não a livrou de várias críticas sobre o comportamento de Caillou. Curiosamente, gerou várias teorias. Entre elas, especulou-se que o garoto seria careca por ter câncer, algo que a editora logo negou, explicando que seria apenas uma escolha de visual que surgiu por acaso.
Quase todo mundo adora o simpático Doug Funnie, protagonista da série animada Doug. Os personagens adolescentes carismáticos conquistaram as crianças e um público um pouco mais velho, graças à inocência e leveza dos episódios. No entanto, como estamos falando de adolescentes, é claro que não poderia faltar um valentão metido e chato, papel que coube a Roger Klotz, uma espécie de rival do personagem principal.
Roger atormentava Doug com brincadeiras sem graça e atraía o desprezo do público, que sempre torcia para que ele acabasse se dando mal. Claro que isso era o que acontecia e, nos episódios seguintes, lá estávamos nós torcendo contra ele a cada nova aparição. No fim das contas, Roger nem era má pessoa, mas fazia força para ser desagradável.
Nem os clássicos escapam de criar personagens ruins ou irritantes. Neste caso, saindo um pouco dos exemplos que nos incomodam pelo comportamento, Gazoo aparece na lista de piores porque não tem nada a ver com a proposta da animação. Os Flintstones eram uma espécie de sitcom com família norte-americana, mas ambientada na idade da pedra. A inclusão de um coadjuvante alienígena com super-poderes não poderia ser mais equivocada.
Com Os Flintstones já há alguns anos no ar, parece que as ideias começavam a faltar e a solução foi apelar. O contraste dele com o clima que série construiu é tanto que o público mais velho quase não lembra de Gazoo. Ou talvez não queira lembrar, o que é perfeitamente compreensível. Um grande deslize no catálogo inesquecível da Hanna-Barbera.
Exibido originalmente entre 1985 e 88, Thundercats mirava um público um pouco mais velho, mas os produtores sempre davam um jeito de criar algum apelo para os menores. Era uma tendência criar um personagem fofinho que destoasse do restante e aqui temos Snarf, um alívio cômico e irritante, além de deslocado do cenário geral. Não só pelo comportamento, mas pela sua estrutura física.
A coisa ainda piorou um pouco quando a série se encaminhou para seus momentos finais e novos personagens foram adicionados. Apareceu o sobrinho Snarfinho, que duplicou a carga incômoda que o público tinha que aguentar na série. É mesmo muito chato quando percebemos que certos personagens foram criados apenas para vender mais um brinquedo de pelúcia.
Chato, egocêntrico e esnobe. Lula Molusco é um personagem que passa essa imagem para o público. Ainda que seja uma figura sob medida para fazer o contraste com a alegria ingênua de Bob Esponja e Patrick, ele é tão antipático quanto é divertido, de uma forma que até relativiza sua presença em uma lista de piores personagens. Afinal, se ele não fosse tão detestável, o desenho perderia muito do seu charme.
Mas atire a primeira pedra quem não torceu para que Lula Molusco recebesse uma lição de humildade no final dos episódios em que aparece. Muito provavelmente, até as crianças torceram por isso. Provocar esse tipo de sentimento não é tão fácil, o que mostra o quanto esse personagem é desagradável. No bom sentido, é claro.
Uma criação brasileira e nem é personagem de animação. Fofão apareceu inicialmente no programa Balão Mágico, da Rede Globo. Curiosamente, seu visual semi monstruoso parecia mais adequado para assustar crianças do que divertí-las. Fez sucesso o bastante o bastante para ter um programa só seu na TV Bandeirantes e licenciar produtos através de uma empresa criada exclusivamente para isso, algo difícil de acreditar hoje em dia.
O personagem foi desenvolvido pelo ator e humorista Orival Pessini, especialista na confecção de máscaras. Até hoje é possível encontrar alguma referência ao Fofão, cuja popularidade acabou superando a de seu próprio criador, falecido em 2016.
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